quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Anida [Cap. 2 - Clubinho da Árvore]

Assim que Adanna se aproximou, notou os filhotes conversando animados com Akili e suas companheiras. O ar triste da princesa não passou despercebido pelos outros filhotes, que decidiram não pressioná-la para falar. Sabiam como a relação dela com Thadi era. O leão de juba vermelha era um ótimo rei, diga-se de passagem, mas como pai, Thadi cometia erros que, em sua maioria, eram consertados por Habi.

— Ei, Kisai — Hakuwa começa, sorrindo incerto para a filhote, que tinha parado de correr com os outros para recuperar o fôlego. — Como foram parar na floresta? N-Não quero parecer intrusivo e peço desculpas se eu estiver sendo, mas estou curioso.

Kisai solta um suspiro, aborrecida pela pergunta.

— Kisai e eu fomos sequestradas quando éramos mais novas — Akili se aproxima, falando pela irmã e ganhando um aceno de cabeça da outra como um agradecimento silencioso. Enquanto Akili falava, Kisai se afastava, despercebida por Hakuwa. — Bípedes, como os chamávamos, nos levaram para um “centro de pesquisa” e isso — gesticulou para a franja com os olhos —, aconteceu. Foi lá que conhecemos nossas amigas.

— Nossa mãe chegou lá prenha — Wazi se aproxima, sentando-se ao lado de Akili, que esfregou o rosto carinhosamente na bochecha da amiga. — Mamãe era uma espécie de nômade, ela contava histórias tão incríveis... — A filhote de pelo claro solta um suspiro sonhador, mas sua expressão muda para uma tristonha. — Os bípedes acreditavam, por algum motivo, que Wami e eu iríamos desenvolver o mesmo comportamento de mamãe, mas não aconteceu.

— Mamãe tentou nos defender quando um dos humanos entrou em nossa jaula para nos separar e tentar nos forçar ao “nomadismo” — Wami se intromete, bufando enquanto se aproxima, ganhando a atenção dos outros filhotes, que a seguem. — Eles a classificaram como “instável e perigosa”, levaram ela embora e nunca mais a vimos.

O semblante das gêmeas de pelo claro mostrava tristeza e, para os filhotes restantes, era explícito o que havia acontecido com a mãe das pequenas. As próximas a contar sobre o passado no centro de pesquisas eram as trigêmeas.

— Nós nascemos na fronteira de um reino, pelo que posso me lembrar — Mwezi começa, desviando o olhar para o chão, tentando lembrar dos detalhes. — Nossos pais foram mortos pelos bípedes e nós fomos levadas para o centro.

O clima entre os filhotes estava tenso depois das histórias. Nenhum filhote do reino achava que algo tão cruel pudesse acontecer, ainda mais com filhotes.

— Que... Que história — comenta Elimu, o filhote cinzento de olhos vermelho-alaranjado. — Vocês passaram por maus bocados.

— Bem, de certa forma — Jioni abre um sorriso pequeno. — Não foi nada que não pudéssemos suportar.

— Estamos aqui agora, é isso que importa — Kisai, que tinha se afastado durante o início da interação, agora se aproximava novamente, assustando os filhotes. — Além disso, o passado está morto, não há necessidade de remexer no que passou.

— Ora, mas que filhotinha poética — Uma voz feminina diz. Estava um pouco distante, acima da cabeça dos pequenos. Os filhotes olham para cima surpresos, vendo uma leoa de pelagem dourada e várias cicatrizes que davam um charme extra para a leoa deitada em um galho. — Devo dizer, em um grupo de oito, vocês são bem barulhentos... Já em um grupo de quinze, me deixam com enxaqueca — a leoa solta uma risadinha, se espreguiça e desce da árvore, aterrissando na frente do grupo.

— Tia Wonaji! — Utay começa, se aproximando e esfregando o corpo na pata da mais velha. — Achei que tivesse ido treinar as adolescentes. — A leoa sorri para o menor e lambe sua testa.

— O treinamento é depois do almoço hoje, resolvi procurar um lugar para descansar — Wonaji nota as sete novas adições e sorri. — Ah, vocês acordaram, graças a Mkuu. É um prazer finalmente vê-las de pé. Wonaji às suas ordens. — Fez uma reverência brincalhona que fez as filhotes sorrirem e soltarem risadinhas.

— Tia Wonaji, por quê estava lá em cima? — Usawa, que se aproxima do primo, indaga. — Quer dizer, aqui geralmente é bem barulhento, especialmente esse horário. 

Wonaji hesita. As orelhas da leoa abaixam involuntariamente.

— Estava apenas... Observando alguém, acabei cochilando — abriu um sorriso forçado e nervoso. Utay e Usawa sabiam bem quem Wonaji observava mas ficaram quietos, não queriam deixá-la desconfortável.

— Observando? — Akili parecia ter encontrado a voz de novo e estava curiosa. — Isso parece meio... errado, não acha?

— Observar não faz mal, afinal, minhas intenções não são ruins — sorriu para a filhote. Sabia que, por serem novas no reino, as sete filhotes estavam curiosas, principalmente sobre os relacionamentos e costumes do novo lugar. — Eu apenas o admiro de longe, nada mais.

— Seria mais educado e apropriado iniciar uma conversa, não? — Kisai se intromete, inclinando a cabeça.

Wonaji solta uma risadinha amarga. — É uma história complicada, pequena — o olhar da leoa encontra o chão. — Complicada e triste. Não quero aborrecê-los com isso.

— Por favor, tia Wonaji — Wazi começa, fazendo uma carinha pidona. — Temos tempo, além disso, adoraríamos ouvir sua história.

— Não vamos forçá-la a contar se não quiser, é claro — Kisai completa, deitando-se ao lado de Akili.

Wonaji se deita na frente dos filhotes. — Bem, por onde eu começo? — A leoa faz uma expressão pensativa. — Antes de morar aqui, meu reino era Butsara. É um reino cheio de desfiladeiros íngremes e rochas afiadas, mas muito bonito — Wonaji sorri com as memórias de sua juventude. — Meus pais morreram pouco depois de eu nascer devido a uma doença, e eu aprendi a me virar sozinha, mas não estaria aqui hoje, sabendo o que sei, sem a ajuda de Waganga, a curandeira chefe de lá. — Wonaji solta uma risadinha ao lembrar das peripécias de Waganga. — Aquela velha gagá não parava quieta um minuto sequer. Um dia, antes da minha primeira caçada, um leão visitou o reino. Ele era bonito, gentil e muito cortês. Nos demos bem desde o primeiro dia — ela fez uma pausa. — Acabamos nos casando eventualmente e tivemos gêmeos, um macho e uma fêmea.

Os filhotes ouviam atentos, interessados na história. Não usavam soltar nem um pio.

— Jinjo tinha acordado tarde e brincava perto de nós naquele dia, e Alec tinha saído mais cedo para brincar com os outros filhotes — ela continua, abaixando as orelhas. — Ele estava voltando para casa quando ouvimos seus gritos desesperados — os filhotes soltam suspiros incrédulos. — Corremos na direção dos gritos mas era tarde demais quando chegamos. Um grupo de hienas se alimentava do que sobrou do corpo dele — Wonaji franze a testa. A memória era dolorosa, principalmente porquê se tratava de seus bebês, mas ela se recusava a parar. — Achávamos que não poderia piorar até que ouvimos os gritos de Jinjo. Voltamos para salvá-la, mas ela também estava morta. O grupo de hienas era ainda maior e, quando nos viram, nos atacaram — os filhotes seguravam as lágrimas com a história. Nem mesmo Usawa e Utay, que eram meses mais novos que os filhos de Wonaji, lembravam que a história era tão gráfica. — Algumas conseguiram encurralar Askari e o empurraram com força contra uma parede de rochas. Ele acabou inconsciente. Tentei correr para salvá-lo, mas elas me derrubaram também.

A próxima pausa de Wonaji foi mais longa. Ela tentava formular as palavras, não queria assustar ainda mais os filhotes. Vários flashes passavam pela cabeça da leoa, quase a deixando em estado catatônico. Ela lembrava vividamente dos gritos de seus filhos e dos pesadelos que vieram depois do trauma de não poder salvá-los. Eventualmente, ela solta um suspiro.

— Quando acordei, estava na caverna das curandeiras. Meu olho estava enfaixado e eu sentia a queimação incômoda das ervas medicinais em meu rosto e corpo. Uma das curandeiras, Belladonna, veio falar comigo. Disse que os ferimentos de Askari eram graves, mas ele sobreviveria. Ela estava apenas preocupada com a memória dele — mais uma pausa longa. O vento na relva era o único som da área. Era como se o reino estivesse sentindo a tristeza de Wonaji e ficado em silêncio em forma de respeito. — Ela disse que ele tinha acordado antes de mim, estava desnorteado, não sabia quem eram as curandeiras, não sabia onde estava... Tentei seguir em frente e lidar com a perda de meus filhotes, mas era praticamente impossível. Então, me aproximei de Askari novamente — a leoa abre um sorriso tristonho e suspira. — Deu certo por um tempo, até que ele disse que ia sair do reino. Fiquei devastada com a notícia, mas desejei o melhor para ele. Fiquei em Butsara por mais alguns meses e então vim para cá. Vaguei por três dias até chegar aqui. Depois de uma semana me ajustando descobri que Askari tinha vindo para cá também e agora, só o observo de longe.

Os filhotes ficaram quietos por alguns segundos. Adanna, Wazi e Mwezi soltavam algumas lágrimas e Wonaji se levanta.

— A essa altura, acredito que Askari já tenha seguido com sua vida, com ou sem lembranças de mim ou do que tivemos — o tom da leoa era tristonho, mas ela mantinha sua expressão neutra. — E, como a pequena de franja colorida disse... Não há necessidade de remexer no que passou — ela abre um sorriso pequeno e os filhotes encaram curiosos, surpresos com a mudança repentina de humor da mais velha. — Tem uma árvore enorme na floresta, pequenos. Por que não vão brincar lá? Kinga estava lá hoje cedo com alguns guepardos — ao ouvir o nome, Elimu ergue as orelhas animado. Sua mãe tinha saído cedo hoje, sem avisar para onde ia, o que era estranho, já que ela se preocupava com a saúde do pequeno, então sempre o avisava quando sairia e voltaria. — Disse alguma coisa sobre “ajudar guepardos feridos” ou algo nesse efeito — a leoa começa a se afastar, dando uma última olhada para os filhotes por cima do ombro. — Aproveitem o dia, pequenos.

Eles a observam até que ela desapareça no rochedo das cavernas.

— Então, quem vai querer ir até a árvore? — Wazi indaga, encarando os filhotes, que dão de ombros e adentram a floresta.


[...]


Os filhotes passaram um bom tempo andando. Estavam cansados e a floresta ficava cada vez mais e mais densa. Nenhum dos filhotes do reino tinha se aventurado tão profundamente na floresta - exceto, talvez dois deles mas, se perguntados, iriam negar até a morte.

— Estamos perdidos — Jioni comenta, parando de andar e se sentando. — Wonaji mentiu para nós?

— Tia Wonaji não mentiria para nós! — Utay defende, franzindo a testa e parando também. — Mas, talvez ela tenha se enganado.

— Sim — Usawa concorda. — Estamos andando há um bom tempo, talvez devêssemos... — Ele é interrompido por risadas femininas. — E-Ei, não é hora de dar risada!

— Não fomos nós, gênio — Kisai retruca sarcástica enquanto revira os olhos. — Não somos tolas para rir numa situação dessas.

— Se não são vocês, quem é? — Kumi, curioso, inclina a cabeça.

As risadas começam novamente, alarmando os filhotes. — Só tem uma maneira de descobrir. — Akili, intrigada pelas risadas, começou a seguir os sons. Suas seis colegas seguiram, forçando os outros oito a acompanhar.

Os quinze finalmente tinham chego à árvore que Wonaji tinha citado. Avistaram nos galhos mais altos, duas guepardas: eram mais agitadas que os outros guepardos do reino, muito provavelmente pré-adolescentes. A maior das duas tinha quatro listras horizontais nas patas dianteiras, duas das quais formavam um diamante "arredondado" que apontava para baixo. Em suas orelhas residiam pares de pequenas listras e, em suas patas traseiras, mais duas listras. O padrão da pelagem da gueparda menor, embora similar ao da gueparda maior, parecia ser invertido. Pelo que os filhotes observaram, a guepardo maior estava com a pata dianteira esquerda enfaixada e mancava um pouco quando dava alguns passos nos galhos.

Os filhotes também notaram um leão deitado no chão. A juba dele era um tom de branco azulado e, apesar de incompleta, dava para notar que ele era um adulto. Ao lado dele estava uma leoa, de costas para o grupo de filhotes; seu pelo era marrom claro. Os dois leões conversavam, parando ocasionalmente para responder as guepardas.

Elimu, ao ver a leoa, se anima e corre na direção dela, parando para recuperar o ar na metade do caminho. Quando recuperado, o filhote caminha com mais calma até a leoa e se esfrega contra a lateral do corpo dela, a surpreendendo.

— Saiu cedo hoje, mamãe — o filhote comenta, soltando uma tosse curta. — Tia Wonaji disse que você estaria aqui — os outros filhotes se aproximam. Estavam hesitantes, diga-se de passagem, afinal, não sabiam se o leão era uma ameaça. — Quem é esse?

— Peço desculpas, amorzinho — Kinga sorri apologética e lambe a testa do filhote. — Sania se machucou e Saja pediu minha ajuda para curá-la.

— Saja fez um drama totalmente desnecessário, devo acrescentar — a gueparda de pelo escuro acrescentou, soltando uma risada e descendo da árvore com dificuldade, seguida pela gueparda menor. — Euclásio aqui estava se certificando de que não me machuquei mais do que o necessário.

— Prazer em conhecê-los, pequenos — o leão sorri. Akili e Kisai o encaram por um tempo. Ele parecia... familiar. — Kinga falou muito de vocês, amores — Euclásio se levanta e os filhotes se estremecem. Ele, com certeza, era maior que Thadi por alguns centímetros.

— O-o prazer é todo nosso, tio Euclásio — os quinze respondem em conjunto.

Utay pigarreia. — Tia Wonaji disse que não teria problema se usássemos esse lugar para brincar, tia Kinga — ele sorri nervoso.

— Enquanto as guepardas estiverem aqui, tudo bem — o tom de Kinga muda de animado para sério. — Euclásio e eu ficaremos mais um tempo, mas não demorem muito para voltar para o reino, sabem que, além de guepardos, também tem hienas e forasteiros nessas áreas.

Os filhotes concordam com a cabeça e começam a brincar com as guepardas enquanto Kinga e Euclásio conversam. Eventualmente, os dois adultos acabaram voltando para o reino enquanto os filhotes e as guepardos continuavam a brincadeira.


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OLÁ TERRÁQUEOS SAUDAÇÕES )0)

Sua alienígena favorita está de volta. Turu bom com vocês? Espero que sim -w-

Bem, cá está o capítulo dois atualizado. Quero dizer também que, devido a alguns probleminhas pessoais - não se preocupem, está tudo voltando ao "normal" agora - eu tive dificuldades pra atualizar o blog, tanto que a última postagem foi em maio e a última atualização de algum post foi em junho. 

Como deu pra notar, na atualização do capítulo um, eu mudei as cores da Ariana e do Wiba. Já que eles moram em um Oásis cercado por um deserto, as cores deles deviam ser mais... terrosas (?) para combinar com o lugar e dar mais espaço para a camuflagem. 

Ah, eu também queria dizer que, muito provavelmente eu acabe reescrevendo só os três primeiros capítulos, já que eu estou bem satisfeita com a escrita dos capítulos quatro e cinco. É capaz que eu até poste o capítulo cinco em breve, fiquem alertas. Vou aproveitar e falar que estou alterando levemente as pontuações dos capítulos anteriores também, já que eu não os revisei antes de postar, gomen ^^'. Acho que também vou mudar a escrita do capítulo três e fazer os trigêmeos - Kami, Hasa e Walimu - aparecerem algumas semanas depois das meninas, ou seja, o capítulo três vai ser totalmente reescrito também. 

Edit [02/2024]: Pode ser que alguns personagens tenham seus nomes alterados de novo, como o do Usawa. Eu gosto de usar nomes similares quando os personagens são irmãos, como é o caso da Wami e da Wazi, mas o Sawa e o Usawa são primos e eu não quero mudar isso, então vou alterar o nome do Sawa o quanto antes :D 

Por hoje é só. Espero que tenham gostado. Um beijo da Nathy, fiquem com Kami e bye -3-

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Anida [Cap. 1 - Sequestro e Fuga]

Era noite quando Ariana deu à luz a um casal de gêmeos. A leoa esperava que seus filhotes tivessem puxado sua cor, um marrom avermelhado, ou a de seu marido, um tom de laranja com creme, mas, para a surpresa dos dois, os pequenos tinham nascido ambos com a pelagem preta. A mais velha tinha os olhos esverdeados da mãe e o mais novo, os olhos alaranjados do pai. Para os reis, seus filhotes tinham sido agraciados com o toque de Mkuu, eram os primeiros filhotes do reino a nascerem com melanismo.

Ariana, apesar de cansada, sorria pacífica para seus bebês que agora, soltavam miados ocasionais.

— Perfeitos — comentou ela, soltando uma risadinha. Algumas lágrimas de felicidade escorriam de seus olhos e Wiba, que estava deitado ao lado da Rainha, a lambe. — Meus bebês. Meus dois anjinhos.

Os outros leões observavam a interação com sorrisos no rosto. O parto tinha sido difícil para a Rainha, todos estavam cansados e aflitos. Agora, o alívio era inevitável.

Ariana soltou um bocejo.

— Descanse, minha flor do deserto — Wiba sussurra no ouvido da leoa. — Está exausta e acredito que nossos gêmeos também estão.

Ariana esfrega o focinho na bochecha do parceiro, que solta um riso breve.

— Tente dormir também, querido — ela respondeu, se ajeitando e fechando os olhos. Wiba sorri para a esposa e apoia a cabeça nas costas dela, fechando os olhos em seguida.


[...]


Faziam três meses desde o nascimento de Akili e Kisai. Os pequenos já corriam e brincavam pelo reino, aprontando e se divertindo. Seus pais, apesar de serem relativamente rigorosos, eram amorosos e carinhosos, porém ausentes na maior parte do dia, devido às tarefas do reino, então os gêmeos ficavam sozinhos na caverna grande parte do tempo.

Em uma manhã nublada, os filhotes foram deixados na caverna enquanto seus pais saiam para patrulhar e caçar com os outros leões. Ambos dormiam pacificamente até que criaturas estranhas entraram na caverna. Um deles carregava um saco e se aproximou lentamente dos dois. O outro ficou na entrada da caverna, vigiando.

O que se aproximava pegou Akili, que dormia por cima de Kisai e a jogou no saco. O miado assustado de Akili acordou Kisai, que agora, olhava para cima assustado. O pelo de suas costas estava eriçado e ele sibilava e mostrava as garras, mas não pareceu assustar o invasor. Kisai ouviu a outra criatura resmungar algo para o que estava em sua frente e se distraiu, dando brecha para o invasor pegá-lo e jogá-lo no saco.

Os filhotes miavam desesperadamente, tentando de todas as formas chamar a atenção de alguém, qualquer um que pudesse ajudar, mas sem sucesso. De dentro do saco, os pequenos sentiram-se sendo jogados em alguma coisa que fez um thump relativamente alto. Podiam ouvir outros filhotes e leões adultos também e o medo deles aumentou.

Ouviram um barulho, similar ao de um rosnado, e o que quer que fosse o lugar que as criaturas os tivessem jogado, agora estava se movendo e balançando. Sem esperança, os gêmeos deitaram, uma do lado do outro, tentando se manter aquecidos. Acabaram dormindo, eventualmente.

Quando acordaram, estavam em um lugar com muita luz e pouca cor. Akili foi a primeira a tentar se movimentar. Acabou batendo a cabeça numa espécie de parede transparente. Eles começaram a miar em desespero até que uma das criaturas aparece na frente da parede de vidro. Parecia uma fêmea de juba, para os filhotes.

Tinha olhos esverdeados, juba preta e usava alguma coisa branca, que cobria boa parte de seu corpo. Segurava uma placa em uma das patas e parecia anotar alguma coisa.

— Cobaias de teste 9337 e 9338 — começou, olhando fixamente para as filhotes. — Foram trazidas ontem de manhã e alimentadas com uma sonda enquanto inconscientes. Parecem ser filhotes de um cruzamento entre um Panthera Leo Persica e um Panthera Leo Nubica. Aparentam sinais de melanismo. — Fez mais algumas anotações e franziu a testa. — Não devem ter mais que três meses e meio. Vamos começar os testes de reação química da pelagem ainda hoje.

A fêmea se afastou da jaula dos filhotes, que tremiam de medo. Não sabiam onde estavam, não sabiam o que aconteceria com eles, queriam apenas voltar para as patas calorosas da mãe, então começaram a miar de novo.

— Ei, parem com isso! — Os dois ouviram uma voz feminina dizer. Parecia vir de cima da jaula delas. — Não vai adiantar nada ficar chorando.

— Q-quem é você? — Kisai, ainda trêmulo, pergunta. — O-ou... O que é você e onde... Onde estamos?

— Desculpem minha irmã — outra voz disse, vindo da mesma cela. — Meu nome é Wazi. Essa é minha irmã, Wami. Vocês estão em um centro de pesquisa.

— Pelo menos, foi o que os bípedes disseram — Wami responde, soltando um bufo de frustração. — De onde vocês vieram?

— De um Oásis, cercado por um deserto — murmura Akili. — Pelo menos, era o que mamãe dizia. "Moramos no mais belo oásis, cercado por um deserto de areia. Um dia vocês vão governá-lo."

— Quer dizer que vocês são da realeza? — Wazi parecia estar sorrindo de orelha a orelha. — Puxa, devia ser incrível!

— Sim, era — Kisai soltou um resmungo. O filhote se aproxima da parede da jaula e se apoia nas patas traseiras, apoiando as patas dianteiras no vidro da jaula. — Sabem como podemos sair daqui?

Wami e Wazi ficam quietas.

— B-bem, não — Wazi diz. Seu tom de voz tinha mudado para um triste. — M-mas sabemos o que fazer pra sobreviver aqui.

— S-sobreviver? — Kisai e Akili estavam curiosos.

— Sim. Uma vez por semana, eles tiram os filhotes das jaulas. Vão fazer isso hoje, a propósito — Wama responde. — Levam todos para uma área diferente, um mini reino, digamos assim, para ver como interagimos socialmente. — Fez uma pausa e limpou a garganta. — Nos dão comida, água e nos deixam ser filhotes por algumas horas.

— Depois, nos trazem de volta para cá — completou Wazi. — Então, apagam as luzes e vão embora. No outro dia, nos levam para uma sala cheia de agulhas e nos injetam com vários líquidos. Alguns sobrevivem e são trazidos de volta para cá, já outros...

— Tiveram um incidente com um casal de leões da barbaria há uns anos, pelo que nos disseram — Wami, interrompe a irmã. — Parece que os humanos trouxeram eles para cá, mas eles tinham uma filha. Depois de anos sofrendo como cobaias, os dois se cansaram e atacaram eles. Não sabemos que fim a filha deles levou ou se ela sequer foi trazida para cá, só que eles tiveram um outro filhote e ele parece não ter vingado.

— Céus, fiquem quietas! — Era outra voz feminina. Esta vinha da cela à esquerda de Akili e Kisai. — Queremos dormir, ora bolas!

— Você é reclamona, hein, Jioni? — Wazi solta uma risadinha. — Ainda está de manhã, temos muito para conversar.

— Pois façam isso em silêncio — Jioni reclama, soltando um bufo. — Vão acabar acordando Safi e Mwezi.

— Desculpe por isso — Kisai murmura. — Vamos tentar fazer silêncio.

— Eu agradeço — Jioni responde, depois fica quieta novamente.

— E-ela é sempre assim? — Akili, que ficara quieta durante a interação, indaga.

— Só na parte da manhã — Wami responde. Akili podia ouvir as duas filhotes andando em círculos, presumivelmente se preparando para deitar. — Wazi e Jioni estão certas. Temos muito para conversar mas, para o bem de todos, faremos isso mais tarde. Vamos dormir.

Kisai e Akili se deitam também.

— Bons sonhos pra vocês — Wazi diz.

— Igualmente — os pequenos príncipes respondem.


[...]


Akili e Kisai acordam com o barulho da comoção das criaturas. Vários deles estavam passando na frente das jaulas e pegando os filhotes, não demorando muito para os pequenos serem colocados em uma caixa de transporte. A caixa era lacrada quase totalmente, com alguns furos nas laterais para facilitar a respiração e tinha sido colocada em alguma coisa lisa de metal.

Os pequenos estavam com medo. Não sabiam se deviam confiar em Wami e Wazi mas elas pareciam inofensivas, assim como Jioni, apesar de esta ser emburrada pela manhã.

Não demorou muito para a caixa começar a se mover. Vários filhotes estavam miando, chamando por seus pais. Akili e Kisai tremiam e se enrolam em uma bolinha. Só poderiam esperar para esse pesadelo acabar logo mas sabiam que suas preces não seriam ouvidas.

Após alguns minutos, a porta da caixa se abre e os pequenos se encontram em um corredor de grade. Eles olham em volta hesitantes e começam a caminhar em direção à claridade.

A luz que bate nos olhos dos pequenos os incomoda e eles piscam repetidamente. Quando finalmente conseguem abrir os olhos totalmente, eles se deparam com uma cela enorme, com uma grande árvore no meio e vários filhotes espalhados.

Cinco das filhotes se aproximam dos dois, que se encolhem.

— Vocês são Kisai e Akili? — A filhote mais clara do grupo indaga, sorrindo levemente, ganhando um aceno dos gêmeos. — É bom finalmente conhecer vocês.

— V-você é a Wami? — Akili ergue a sobrancelha.

— Uh-huh. Essa aqui é a Wazi — a filhote gesticula para a irmã, que acena com a pata —, e essas são Jioni, Mwezi e Safi.

As outras três filhotes abrem sorrisos gentis.

— Sabe, para dois filhotes barulhentos, vocês estão bem quietinhos agora — Jioni sorri, erguendo a sobrancelha e rindo em seguida.

Akili e Kisai se encaram brevemente e começam a rir. Tinham a sensação de que viver naquele lugar seria mais fácil agora que tinham amigas.


[…]


As luzes tinham sido apagadas há três horas. Os filhotes estavam dormindo pacificamente, assim como vários outros animais do Centro de Pesquisa. As instalações já tinham sido mudadas e reformadas várias vezes com o passar dos meses. As jaulas agora tinham o formato de um U e ficavam de frente para a porta. Os exames de sangue não eram mais realizados na sala de jaulas, mas sim em outra sala, no fim do corredor.

Passos rápidos acordaram as trigêmeas, que ergueram suas cabeças e olharam para a porta. Duas garotas entraram: uma tinha a pele marrom e cabelos encaracolados de ébano. A outra, apesar de ter cabelo encaracolado, era ruiva e tinha sardas pelo rosto. Apesar de terem personalidades parecidas e se comportarem como irmãs, as duas eram, na verdade, primas.

As trigêmeas as encaram confusas e tentam chamar a atenção de Kisai, Akili, Wami e Wazi sem despertar os outros animais.

— Diana, rápido — a morena, que tinha se atrapalhado com as chaves de acesso, resmunga.

— Estou indo o mais rápido possível, Tamara! — A ruiva resmungou, colocando duas caixas de transporte no chão. Tamara suspira e pega o crachá de acesso das jaulas da mão da prima, que fecha a porta.

As duas se dirigem para as jaulas e Tamara passa o cartão de acesso na jaula das trigêmeas. Enquanto Tamara pegava as filhotes, Diana abria a portinha da caixa de transporte. Uma a uma, as três filhotes foram cuidadosamente colocadas na caixa.

As garotas passaram para a jaula de Akili e Kisai, que logo foram colocadas na outra caixa. As últimas duas a serem colocadas na caixa tinham sido Wami e Wazi, que dividiam a caixa com as gêmeas.

Tamara pega as caixas e Diana corre para a porta. A ruiva abre uma pequena fresta, deixando a luz do corredor entrar na sala. Com cuidado, ela passa a cabeça para fora da sala de jaulas e olha em volta, então abre a porta para a prima.

— Vá, tenho que trancar a sala — sussurrou Diana, empurrando a prima levemente. Tamara começou a andar com cuidado pelo corredor e, assim que a porta tinha sido trancada, Diana a seguiu.

As duas tomavam cuidado, poderiam ser vistas a qualquer momento e estariam encrencadas. Depois de percorrer vários corredores, tinham finalmente conseguido ir para a área externa e agora, se aproximavam de uma floresta.

A curta caminhada até a floresta chegou ao fim e Tamara colocou as caixas de transporte no chão. Diana abriu as portinhas e as filhotes saíram cautelosas. As sete filhotes olham para as humanas que as ajudaram uma última vez e começam a correr floresta à dentro.


[...]


Faziam dias que as pequenas vagavam pela floresta, que parecia interminável. Estavam exaustas, com fome e com sede. Tentavam caminhar lado a lado, mas eventualmente sucumbiram à exaustão e desmaiaram.

Akili foi a primeira do grupo a acordar. Ainda estava meio grogue e desorientada. Não estavam mais na floresta. Estavam todas dentro de uma caverna fria. A filhote olhou em volta assustada e esfregou o focinho no rosto de Kisai, a acordando.

— O-onde estamos? — Kisai se levanta com dificuldade. As duas acordam as amigas. Quando todas estão acordadas, elas começam a caminhar na direção da entrada da caverna.

Ao chegarem à entrada, ficam deslumbradas com a beleza do lugar que se encontravam e podiam ver, mais ao longe, a floresta. Também viram vários filhotes com suas mães e alguns leões com suas parceiras.

Um determinado leão, que brincava com dois filhotes, se aproxima ao notá-las. Tinha pelo dourado, juba avermelhada e seus olhos tinham um tom de verde azulado. Se prestassem bastante atenção, as filhotes teriam notado que seus olhos mostravam preocupação.

— Estão acordadas, que bom — ele sorri. As pequenas se encolhem levemente, a altura dele as intimidou. — Peço desculpas por deixá-las sem supervisão.

— O-onde nós estamos, senhor? — Wazi pergunta, inclinando a cabeça.

— Estão em Anida — o leão se senta e franze o cenho. — Dois de meus leões as encontraram na floresta enquanto faziam patrulha. Um deles voltou para cá e relatou a descoberta, então mandei um pequeno grupo de resgate buscá-las. — Fez uma pausa, notando a expressão desconfiada das filhotes. — Meu nome é Thadi, pequenas. Por que as sete estavam na floresta? É perigoso e, além disso, seus pais devem estar preocupados.

Akili solta uma risadinha e Kisai dá alguns passos à frente.

— Se soubéssemos do paradeiro deles, senhor, estaríamos correndo de volta para casa — a filhote de pelo escuro diz, franzindo o cenho levemente. — Akili e eu não nos lembramos de nossos pais, fomos tiradas deles bem cedo. Wami e Wazi — apontou para as filhotes mais claras, que sorriram e acenaram para o leão —, testemunharam a mãe morrer e Jioni, Mwezi e Safi perderam a família. — A filhote fez uma pausa e suspirou, abaixando as orelhas. — Somos órfãs, basicamente.

Apenas a frase da filhote deixou o leão quieto por alguns instantes. Ele soltou um "hum" pensativo.

— São bem-vindas para ficar aqui — Thadi começou, abrindo um sorriso solene e olhando para o horizonte. — Como podem ver, tem várias leoas e filhotes, comida e água em abundância. Conversarei com minha esposa, arranjaremos alguém para cuidar de vocês. — Thadi se levantou e saiu da caverna, olhando por cima do ombro. — Meus filhos vão adorar conhecê-las. Sigam-me, por favor.

As filhotes abrem sorrisos e seguem o leão. Ele as guia para os dois filhotes com quem brincava antes. Os filhotes, que estavam com uma adolescente de pelo dourado e olhos verdes, se aproximam de Thadi.

— Então elas acordaram, papai? — A filhote pergunta num tom brincalhão. Ela sorriu e esfregou o corpo na pata dianteira do adulto. Tinha o pelo creme e os olhos de Thadi e uma franjinha descansava em sua cabeça. — Estava preocupada, dormiram por quatro dias.

“Quatro dias?!” era o único pensamento que passava pela cabeça das filhotes.

— Foi bem difícil fazê-las comer — o filhote macho de pelo dourado se aproxima, sorrindo para as filhotes. — Para fazê-las tomar água também. Não sabíamos quando vocês acordariam ou... se iriam acordar. — Ele soltou uma risada trêmula. — M-meu nome é Hakuwa, essa é minha irmã, Adanna.

— É um prazer conhecê-las — Adanna sorri.

— O prazer é nosso — Akili responde, abrindo um pequeno sorriso e gesticulando para a irmã. — Essa é minha irmã, Kisai — a filhote de pelo escuro apenas fez um gesto com a cabeça e, apesar de estarem ligeiramente confusos - afinal, Kisai era claramente um macho, não era? - Hakuwa e Adanna abrem sorrisos acolhedores para as filhotes —, e essas aqui são Wami, Wazi, Jioni, Mwezi e Safi.

Thadi observa a interação com um sorriso no rosto. Seu sorriso acaba se tornando uma expressão séria quando nota um leão se aproximando. Ele parecia cansado e tinha uma expressão preocupada.

— Majestade, trouxe o relatório da patrulha — o leão faz uma reverência. Seu pelo marrom avermelhado e sua juba eram notáveis a quilômetros de distância e, ao mesmo tempo, pareciam ser ótimos para se misturar na relva alta.

A atenção dos filhotes muda para os dois adultos. Thadi fica quieto por alguns instantes.

— Conversaremos na caverna, Nyekundu — o rei respondeu, virando o rosto para os filhotes. — Hakuwa, Adanna, levem as filhotes para conhecer o reino e brincar. — Abriu um sorriso apologético. — Mais tarde sua mãe buscará vocês para suas lições.

— Ah, papai, tem que ir mesmo? — Adanna pergunta. Estava tristonha, queria brincar mais com o pai.

— Infelizmente, minha princesinha — Thadi solta um suspiro. — Tentarei passar mais tempo com vocês depois.

Thadi se afasta, seguido de Nyekundu, deixando os filhotes para trás.

— Você sempre diz isso... — Adanna resmunga.

— B-bem... Por que não levamos as meninas para conhecer nossos amigos, Adanna? — Hakuwa tenta animá-la. A princesa suspira em resposta e acena com a cabeça. — Então, vamos!

O príncipe começa a correr na frente, sendo seguido pelas sete filhotes. Adanna, apesar de hesitar, os seguiu lentamente. 

A última a chegar a área de filhotes foi a princesa de pelo creme. Seu humor tinha azedado pela promessa vazia de Thadi. Ela sabia que o pai era ocupado e tinha responsabilidades com o reino mas esperava que, pelo menos hoje, pudesse ficar mais de dez minutos com ele.

Dando um último suspiro, Adanna força um sorriso pequeno e forçado e começa a correr com os outros. 


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OLÁ TERRÁQUEOS SAUDAÇÕES )0)

Sua alienígena favorita está de volta. Turu bom com vocês? Espero que sim -w-

Como deu pra ver, estou reescrevendo algumas coisas em ALQFDH. Por enquanto, meu foco de escrita vai ser essa história, vou deixar Riverlands Rivalon para depois, assim vou poder focar num jeito de interligar as histórias de uma forma que fique fácil de entender tudo. 

Edit [11/2022]: Decidi que algumas mudanças vão ser feitas com a reescrita e alguns personagens - como a Kisai e o Hasa - vão mudar também. Kisai e Hasa são leões trans, por isso eles foram capazes de conceber a Maji e a Liaji. Kisai é MtF e Hasa é FtM. Beleuza, até aí, tudo bem.

Kisai teria feito a transição de gênero ainda filhote, por volta do segundo mês do sequestro - ela teria cerca de cinco meses -, optando por usar pronomes femininos. Na pré-adolescência ela teria começado a desenvolver a juba, mas por ter genética Tsavo, a juba dela não cresceu muito, por isso a história começa com ela usando pronomes masculinos. Kisai escolheu manter o nome porque ela considera um nome unissex. Beleuza de novo u-u

Já o Hasa fez a transição de gênero na pré-adolescência, quando a juba dele começou a crescer devido aos níveis elevados de testosterona, preferindo usar pronomes masculinos quando ainda filhote também. A juba dele acabou ficando completa eventualmente.

Edit [12/2022]: KAKS VOCÊ É UM ANJINHO MUITO PRECIOSO, OBRIGADA )0)

Graças a Kakau, eu tomei vergonha na cara e reescrevi algumas partes desse capítulo. Eu tinha trocado o nome da Wama com o da Wami. Vou acabar trocando o nome da Wama e um pedaço da história dela mas, sério, Kakau, obrigada por falar, eu ia acabar deixando do jeito antigo, ia ser vergonhoso ._.

Vale lembrar, ALQFDH - e as outras histórias - não tem nada a ver com Rei Leão. É um universo completamente alternativo. Espero que tenham gostado dessa nova versão reescrita :3

Edit [02/2024]: Gzuis, parece que eu nunca tô satisfeita com minha escrita, creendeuspaiamado ._.

Enfim, esse edit é só pra falar que eu mudei algumas pontuações e palavras que estavam escritas de forma errada :v

Atualizaçãozinha básica mesmo. Eu não sei quando vou voltar a escrever as histórias, então estou só revisando elas por enquanto. Ah, desfrutem: os capítulos agora vão ter títulos :D

Edit [06/2024]: Como deu pra notar, eu nunca vou ficar satisfeita com a reescrita, então mudei o nome da Tama pra Adanna já que, talvez, ênfase em talvez, eu una as Terras do Reino com os outros reinos. É só uma ideia que eu tive, mas é capaz que eu não mantenha porque né, reinos demais. A história também não vai mais se chamar Ainda, eu tô pensando em um título melhor :)

Por hoje é só. Espero que tenham gostado. Um beijo da Nathy, fiquem com Kami e bye -3-